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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Koff elogia Odone e pede superação de divergências na posse

     O tom de posse do novo presidente do Grêmio, Fábio Koff, foi de conciliação. Ele elogiou a administração de Paulo Odone em seu discurso e pediu para "esquecerem" as divergências em nome da paixão pelo clube. "Tomara que eu tenha a clarividência e a sua competência para conduzir os destinos do Grêmio nos próximos dois anos", enfatizou Koff.
"Tivemos divergências, mas meramente conceituais e pontuais", analisou o presidente. "Não é nada que não possa ser esquecido e removido no interesse maior do Tricolor. Parabéns pela sua administração", salientou o dirigente histórico do Grêmio.
     Koff também projetou mudanças na gestão, entretanto. "O ano de 2013 marcará um novo ciclo na vida dos gremistas, com novo estádio, forças renovadas e o anseio de frequentar os postos mais elevados do futebol brasileiro", relatou. "É nosso desafio e para isso que eu e meus companheiros assumimos o clube a partir deste momento", definiu. 
     O presidente frisou a necessidade de apoio das várias vertentes do Grêmio rumo à profissionalização do clube. "Sabemos da enorme responsabilidade que nos compete e contamos com a sabedoria e sensibilidade de todos os conselheiros, que serão alicerce fundamental apra mudar a gestão, criando novas fontes de receita e levando o clube cada vez mais para o seu torcedor", disse.
"É o clube dos meus filhos, das mnhas netas e é motivo de muita satisfação e responsabilidade comandá-lo", acrescentou Koff. "Ao Grêmio, devo alguns dos momentos mais emocionantes da minha vida. Marcaram de maneira indelével três quartos da minha existência", ponderou o dirigente. "Nossa obsessão maior é reviver as emoções dos anos passados. Conquistas de títulos, revelação de atletas a multiplicação daqueles momentos de sinergia, da equipe dentro de campo e com a torcida", comentou.

Pedro Ruas protocola projeto para impedir implosão do Olímpico

     O vereador Pedro Ruas (PSOL) protocolou na manhã desta terça-feira, na Câmara dos Vereadores de Porto Alegre, o projeto para tombar o Estádio Olímpico e, desta forma, evitar a implosão da antiga casa do Grêmio. Se aprovado pela Câmara e sancionado pelo prefeito José Fortunati, o projeto impede que a construtora OAS faça a demolição no estádio, que está planejada para a construção de prédios na área.
— Porque é um patrimônio histórico e cultural do Rio Grande do Sul. Ele retrata o conhecimento arquitetônico e esportivo da década de 50, de grandes jogos e grandes títulos. Faz parte da alma gaúcha. O tombamento do Olímpico é uma necessidade imperiosa de preservação de nossos bens — declarou.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Antonini e OAS silenciam após declarações de Koff sobre custo da Arena

     Silêncio. Foi dessa forma que a forte manifestação de Fábio Koff na edição de domingo de Zero Hora sobre o custo da Arena para o Grêmio foi recebida pela atual direção e por representantes da empreiteira OAS.
     Em entrevista aos colunistas David Coimbra, Diogo Olivier e Luiz Zini Pires, o presidente eleito para o biênio 2013-2014 no Grêmio criticou o modelo de parceria desenvolvido para a construção do novo estádio. Em uma manifestação que gerou polêmica nas redes sociais, Koff argumenta que a Arena vai gerar pouco menos de R$ 10 milhões para o clube em 2013 e que a situação só começará a melhorar daqui a, pelo menos, quatro anos.
— Cabe ao Grêmio pagar a Arena. Como o Grêmio vai quitar a dívida é uma tarefa aos que vão administrar o clube. Vamos buscar recursos para pagar. A Arena não é nossa. Vamos levar 20 anos pagando — disparou Koff.
— Não quero comentar — afirmou Eduardo Antonini, presidente da Grêmio Empreendimentos da gestão Paulo Odone e confirmado no mesmo cargo por Fábio Koff.
     Durante toda a gestão de Odone, Antonini foi seu colaborador mais direto. Liderou o projeto da Arena e coordenou as conversas que geraram o contrato assinado pelo clube após aprovação do Conselho Deliberativo. Braço direito de Odone, foi surpreendido pelo convite de Fábio Koff para seguir no comando da Grêmio Empreendimentos. Após longas conversas com seu grupo político, aceitou ficar no cargo.
     Em meio à transição, Antonini é um dos principais atingidos pelo discurso de Koff. Foi um dos responsáveis pela montagem do modelo econômico e, na próxima gestão, seria o encarregado em fazer a Arena gerar recursos expressivos para o Grêmio.
— Nem li a reportagem ainda — afirmou Antonini, por volta das 16h de domingo.
     Eduardo Pinto, presidente da Arena Porto-Alegrense, também não quis comentar as declarações do presidente eleito.
— Prefiro me manifestar nesta segunda-feira — disse Pinto.
     Procurado durante todo o domingo, o atual presidente, Paulo Odone, não foi localizado. Zero Hora contatou seus dois celulares, seu telefone de casa e consultou seus assessores no Parlamento, Fábio Schaffner, e da empresa contratada pelo Grêmio, Eliana Camejo, mas não conseguiu contato.
     O filho de Odone, o conselheiro Sebastião Ribeiro, fez a sua interpretação particular da entrevista em seu perfil no Facebook:
— Antes de se candidatar à presidência, Koff disse que a Arena era um mau negócio. Na campanha, cobrado a detalhar a posição, negou que havia dito o que de fato dissera e negou que achasse um mau negócio. Eleito, mudou de opinião de novo — argumentou Ribeiro.
     O conselheiro gremista argumenta que a função de Koff é de "zelar pela imagem do empreendimento" e não de questionar o projeto Arena publicamente:
— Que investidor vai apostar em um projeto que o controlador se mostra insatisfeito? Com que clima inicia a relação dos sócios no empreendimento?

Tabela Campeonato Brasileiro 2014