A quinta-feira promete ser tensa dos dois lados em Talcahuano. Grêmio e Huachipato jogam as suas vidas na Libertadores com o estádio lotado e somente um estará nas oitavas-de-final. Ingredientes para uma verdadeira decisão. Para os chilenos, no entanto, é muito mais que apenas uma classificação ou a partida do ano. É o jogo que vale toda a sua história.
Para o Grêmio é muito importante passar de fase. A queda causaria uma crise no clube. Do outro lado, o Huachipato já está satisfeito com a sua campanha. Porém, sonha com uma noite histórica amanhã. Todos os 9,5 mil ingressos já estão vendidos na promoção "pague um e leve dois". O estádio vai estar lotado, com cerca de 10 mil torcedores.
"Temos pouco mais de 60 anos de vida, fomos duas vezes campeão chileno, é a nossa segunda participação na Libertadores. Na outra, ficamos em segundo, atrás do Union Española, mas só passava um. Sem dúvida, é a partida mais importante que vamos jogar", salienta o presidente Arturo Aguayo.
Antes de a fase de grupos começar, o objetivo era apenas não passar vergonha diante de dois adversários brasileiros. "Não somos um clube grande, mas somos um grande clube. Acho que nunca um clube chileno vai conseguir os dois resultados que conquistamos no Brasil", exalta o dirigente. A campanha surpreendeu a todos na América e também internamente. "Sempre pensamos que a participação, deveria ser digna e está sendo. Honestamente, não esperava brigar pela classificação", acrescenta.
Investimento mediano no Huachipato
O investimento é mediano dentro da liga local. Fica bem distante dos três grandes, Universidad de Chile, Colo-Colo e Universidad Católica. Muito mais aquém se comparado às equipes brasileiras. "Os jogadores recebem entre 8 mil e 20 mil dólares. Os gastos se igualam aos do Union Española e do Cobreloa", explica o setorista da Rádio Bio-Bio, Hector Valdez.
Os bons resultados atraem também os olhares de outras equipes. Muitos nomes se destacaram e dificilmente permanecerão, como o goleiro Veloso e o meia Reyes. Nenhum, no entanto, despertará mais as atenções que Braian Rodríguez, autor de cinco gols na Libertadores. "Formalmente não teve nada, mas a imprensa tem falado de rumores da Itália, do Brasil. O valor pode ser muito aqui, mas não para outros mercados. Acredito que um atacante assim, com esse perfil, é escasso no mercado. O preço vai variar entre 3 e 4 milhões de dólares", diz Aguayo.
Fonte: Correio do Povo